A família, célula base de toda sociedade,tem como princípio básico formar seres para a vida. Não obstante, os preceitos do princípios básicos para formar uma geração, estão condicionados à patamares sociais, econômicos, culturais, emocionais e religiosos.
Na ausência, ou mesmo, na deficiência de alguns destes patamares, haverá como conseqüência, a formação de uma estrutura familiar cujos preceitos refletirão sobremaneira no comportamento humano.
Atualmente, com o advento de novas tecnologias e atitudes competitivas no âmbito laboral, estão revelando desvios de condutas e/ou de valores morais que refletem de forma negativa. As crianças geradas e educadas dentro de um "turbilhão" emocional, são as primeiras atingidas, ocasionando um desordenamento no seu equilíbrio psicológico.
Com os animais domésticos criados na mesma situação, a conseqüência é a mesma, devido ao fato de apenas serem, os sentimentos estão mais exarcebados.
É difícil ao ser humano entender toda esta logística, uma vez que por ser racional, seus sentimentos situam-se num segundo plano( para alguns ).
Muito comum é ouvir queixas de que seus animais são agressivos, apáticos, só vivem enfermos ou até hiperativos e, assim, surgem os mais diferenciados tipos de pretextos para colocá-los à disposição da adoção.
Vale ressaltar que o mais preocupante, sob o ponto de vista psicológico, o comportamento dos animais domésticos estão condicionados à postura que seus proprietários apresentam na vida.Um proprietário com tendências à agressividade, geralmente, utiliza seus animais para a prática ilegal de rinhas/brigas, tal qual na televisão onde os lutadores com instintos agressivos e, principalmente competitivos, disputam e arriscam a própria vida para satisfazer seu ego emocional e monetário.
Voltando à questão dos animais agressivos que não disputam, ou que apresentem quaisquer características mencionadas, é importante uma auto-crítica. Se levarmos em consideração a Lei da Causa e Efeito,observaremos que o comportamento e atitudes que fazem parte dos indivíduos enquanto sociedade,é apenas o reflexo daquilo que ocorre no âmbito familiar.
Para muitos, tudo isso é nada mais que um monte de balela. Há aqueles que pensam o contrário e, nessa diferença de pensamentos, surgem muitas discussões.
Trabalhar o sentimento humano deve ser algo preponderante para que possamos alcançar uma sociedade mais generosa, cujos valores éticos e morais sejam o ápice para a construção de uma cultura enriquecida de idéias e pensamentos humanitários equilibrados.
Sydia Lopes
Médica veterinária
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