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terça-feira, 30 de agosto de 2011

A CRUELDADE DO ABANDONO

Em período de trabalho ou em épocas escolares, os animais de estimação participam e adaptam-se ao contexto social ao qual a família está inserida. Mas quando chega a época de férias, aqueles seres que, até então, despertavam o sentimento de relaxamento após um dia exaustivo, tornam-se numa preocupação, e a qualidade do animal com uma terapia perde-se.
Só que, quando cria-se um animal de estimação desde a sua fase infantil, ele perde suas características genéticas e seus instintos de caça desaparecem. O ser humano acha que o animal vai saber “se virar”, como tudo nele já estivesse “embutido”. Não é bem assim. E aí, começa a Via Crucis do pobre e indefeso animal. Ficar com um animal que não se conhece bem, principalmente seu temperamento, com hábitos já formados e desconhecidos, torna-se uma questão difícil.
É preciso um nível de espiritualidade elevado para perceber que não podemos nos desfazer de seres tão indefesos, num âmbito mais amplo. Mas infelizmente, são poucas pessoas que entendem a situação de uma atitude de compaixão e acolhimento, além da sensibilidade que envolve a questão.
Toda a postura da espécie Homo sapiens deveria ser consciente e responsável já que, foi criado com o dom racional. Mas este espécie está tão envolvida com a razão, que sentimentos de carinho, amor e compaixão estão cada vez mais colocados em último plano, pois o que vale é ter. O ser, é  expor-se. E, exposição significa erroneamente para a espécie humana, sua vulnerabilidade e, então é melhor enxergar tudo à sua volta de forma mais pragmática. Tanta riqueza holística perde-se. Enxerga-se então o outro como uma matéria que ocupa um espaço e que atrapalha.
Pobres seres indefesos, entregues à própria sorte e ao abandono estão presentes nas ruas, avenidas em número cada vez maior, sem entender e pior, confiando que, algum dia aquele que o acolheu de pequeno, um dia vai reencontrá-lo, porque na verdade, não é o animal que perde o companheiro humano. O humano é quem se perde na sua racionalidade prática irracional, tornando-se um indivíduo e não mais um ser. A sobra, é apenas um ter, vazio dos mais nobres sentimentos.
Os indefesos já não são tão pobres no ser. Eles são, portanto, têm mais a nos ensinar.     


Sydia Lopes

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